A Polícia Civil de Candelária, no Vale do Rio Pardo, investiga uma acusação de difamação pelas redes sociais que envolve a comunidade.
Listas com nomes de pessoas da cidade e alusões a características pejorativas estão circulando em páginas vinculadas à região.Uma primeira lista surgiu nomeando os "mais cornos" da cidade.
Outra listagem mostra os "mais chatos". A história chegou até a delegada de Candelária, Alessandra Xavier de Siqueira, por meio de uma das vítimas. A primeira lista que a delegada teve conhecimento tinha em torno de 25 nomes. Depois, a Polícia Civil teve conhecimento da mesma lista com mais de cem nomes.
Segundo ela, na lista há autoridades, comerciantes e pessoas conhecidas na comunidade. Constam nomes, apelidos e até referências ao local de trabalho ou estabelecimento que as pessoas possuem. São ao menos cinco listas diferentes, com argumentos mais pejorativos, segundo a delegada.
As mensagens são facilmente editáveis. Algumas pessoas levaram na brincadeira. A vítima que registrou a ocorrência online estava com nome em uma das listas e a filha sofreu bullying na escola — conta a delegada.
O município tem cerca de 31 mil habitantes. A delegada afirma que não somente o grupo que cria as listas pode ser penalizado, mas também quem compartilha. O crime de difamação, segundo ela, tem pena de reclusão de até três anos.
— Ainda que há um agravante, que é a facilidade de compartilhamento em redes sociais. Vamos arrolar o testemunho dessas pessoas que compartilharam em grupos— diz Alessandra.
A delegada estuda pedir à empresa Meta, dona do Facebook e do WhatsApp, redes nas quais as mensagens estão circulando, a quebra de sigilo dos grupos para descobrir a origem das publicações.
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