Onde afinal começamos, o caminho para tudo isso que chamamos na divisão dessa rotação de ano? São três letras na língua portuguesa, separadas em tantas outras palavras para expressar um período: artefato cósmico que é tão incomunicável que cabe dividir a partir do planeta pequeno, agigantado e nomeado pelos seus habitantes como Terra. Uma rocha magnética envolta de gases, sons, cheiros e luzes que também se dividem e se multiplicam nas divisões deste tempo. O Relógio solar de todo mundo fincado no solo, onde o primeiro caótico ser vivo emergia d’água, nadar sobre a terra? Conservar ilhas?
Mais que todo o oceano, o ano novo é um passo para tudo que é nada e sempre esteve. Intocável plasma, como quando se apaga os olhos de quem se ama e a motivação é e novamente sempre foi: viver. Conservar a vida seja por vias físicas ou na fantasia. Agora, abandonar a ideia das manutenções é comemorar não o começo, mas os dolorosos passados fins.
O que fica para início, além da realidade do vírus, imperceptível ás vezes maior que o corpo, é que em todos os sentidos até mesmo no simbólico, possuímos uma interminável vontade de existir antes que algo se finde ou mais um ano acabe, ou comesse sem o corpo de alguém que deseja várias vezes existir na face deste planeta. Por isso, se manter vem da ordem do perceber dia a dia que nada fica. Mas o que necessita carecer para eu existir? Mais um ano pra vir...